quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Amizade

Eu tenho amigas.

Daquelas mesmo verdadeiras. Não muitas. Mas daquelas com quem posso contar sempre. Umas estão perto, outras pouco as vejo, mas falo com elas e sei que sempre que precisar elas estão lá.

Umas são daquelas que não há como não as adorar. Porque além de nos divertirem e aturarem, contornam as birras dos nossos filhos, passeiam com eles, proporcionam tardes divertidas e ainda as lavam, alimentam e ma entregam em casa embrulhada num roupão pronta a aterrar na cama:)

Foi assim no domingo! Obrigada!

Aniversários

Todos os anos são muitos os convites de aniversário que os dois trazem do colégio. E muitos euros gastos nas prendas.

Só esta semana trouxeram 3 convites.

Ele está na fase que nem liga muito. Ela delira.

Ontem apareceu-me na cozinha, às 7.30 da manhã, enquanto eu andava em volta das lancheiras. Numa voz sumida acaba por me contar que recebeu um convite e nao está na mochila. Choradeira aflitiva porque assim não pode ir à festa do coleguinha!!!

Lá subo ao quanto e procuro na mochila. Está lá o envelope com o convite dentro. A rapariga feliz mas a lutar para não o demostrar e a pensar na tontice que acabara de fazer.

Nem sei como não perdi a calma!

Ai tempo, tempo!

Pronto!

Começou a sério o frio e o miúdo desfaz-se em tosse, nariz entupido e olhos caídos. Antes que venha a febre entupo-o de rebuçadinhos de mel, pastilhas para a garganta, que arranha, e xarope para a tosse cavernosa que mete dó.

Faltou a dois treinos sem alarido o que estranho e das duas uma - ou quer na 5ª feira ir à bola ou está mesmo a sentir-se mal. Hummmmm

Está nas 2ªas fichas de avaliação e espero que traga bons resultados, porque ontem à noite enquanto contava à irmã a história da Cinderela, ouvia a voz do pai a elevar-se cada vez mais enquanto o miúdo estudava os poliedros, não poliedros e afins.

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Fado do Encontro - Mariza e Tim

Voltamos a estudar!

O 4º ano comtempla a História de Portugal e o meu filho começa já a ter de efectuar estudos e passeios culturais com vista a um alargamento das raízes do nosso Portugal. Vai ter visitas de estudo com o colégio e já começou a ter com a família.

Domingo, e com o sol sempre a acompanhar-nos, começamos os 4 e mais o nosso inseparável casal amigo e a sua filha-que-diz-ser-irmã-da minha-filha-e-namorada-do-meu-filho-e-já-me-chama-de-sogra a subir os 225 da Torre dos Clérigos. Aguentamos todos a subida e a descida, bastante íngreme, e já cá fora pausa para um lanchinho dos miúdos.

Descemos os Clérigos e visitamos a Estação de S. Bento. Pausa para lanchinho dos graúdos. Seguimos para a Sé. Metemo-nos por becos grafitados e fomos dar à Ribeira. Muitas fotos e nova pausa para almoçarmos.

Visita à bela Igreja de S. Francisco e as catacumbas. O miúdo mostra interesse, mas daqueles interesses muito rápidos, vê tudo, ouve as nossas explicações e quer logo pirar-se. As miúdas estão na fase do inventam que se fartam e uma dizia à outra que aquelas catacumbas eram dos piratas! Aqui muita foto, muita risota e na sala das sessões tivemos discurso do miúdo. Se as vigilantes estavam atentas deviam pensar que se tratava de um bando de doidos.

Passamos também pela Casa do Infante e tivemos direito às explicações da guia. Muitas achados arqueológicos. Miúdos interessados.

Voltamos à zona ribeirinha e pausa para as prometidas castanhas assadas.

Fomos até aos Guindais e subimos no funicular. Miúdos sempre delirantes. Já andaram em vários locais mas parece sempre a 1ª vez. Estamos na Batalha. Fazemos a volta toda, sempre a pé, miúdas nos carrinhos-que-duram-que-se-fartam e regressamos à Torre dos Clérigos onde os nossos carros nos aguardavam.

Miúdos nos carros e em 5 minutos estão a dormir.

Muito bom programa. A repetir sem dúvida.

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

As notas

Não posso deixar de escrever que o míudo, por agora, continua no futebol.

As notas foram boas. Podiam ser um pouco melhores, mas não me posso queixar de 2 muito bom, um bom grande (a raspar o muito bom) e um bom pequeno (aqui é que podia ter sido melhor). Tem de ler para o português melhorar.

Parabéns filhote.

Cozinha II

Hoje a minha filha tem uma visita com o colégio. De tarde.

Diz ela que a M., auxiliar da sala, vai levar pipocas. Ontem à noite diz-me inconsolável que se esqueceu de dizer que só gosta de pipocas com sal (os meus 2 filhos só comem pipocas com uma pitada de sal). Tanta tristeza. Pede-me para de manhã fazer pipocas. Quase que a mando dar uma volta, mas ela está quase a adormecer que limito-me a dar-lhe beijinhos.

De manhã acordo a lembrar-me das pipocas e dá-me uma ataque de tristeza a imaginar todos a lambuzarem-se com pipocas docinhas e a minha de dedos na boca muito infeliz.

Às 8 da manhã estou a meter pipocas com sal num saquinho. E lá foi ela feliz. feliz.

O mais velho levou também, claro.

Cozinha

Ando nesta divisão tempo a mais. Se bem que por vezes, e mesmo cansada, me lembro de fazer bolos ou outra iguaria qualquer. Devia era ter juízo!

Normalmente a pequena lá de casa acompanha-me. Passamos um bom momento juntas, apesar da cozinha nem sempre ficar no seu melhor.

O problema destes devaneios a meio da semana onde o cansaço de um dia de trabalho já impera, é que a miúda lembra-se de pedir não bolos, onde se batem ovos sem separar claras e gemas, não se recorre à balança, mas às tijelas ou canecas, barram-se as formas com manteiga liquida, tudo a simplificar e ela pede bolachas!!!

Eu sei que um certo dia, com toda a certeza fim de semana, lembrei-me de aventurar-me a fazer bolachinhas, utilizando muitas forminhas de bonecos que por lá andavam. A miúda gostou tanto de comer bolachas em forma de gato, pato, carro, nuvem, árvore, estrelas e corações que pede muitas vezes.... e eu como mãe querida e o pedido feito de forma tão melosa leva-me a anuir sempre (ou quase sempre).

Enquanto o jantar está a fazer e o miúdo está no treino, munimo-nos dos aventais, o dela cor de rosa é da Minnie e fica-lhe um mimo, mangas arregaçadas e lá vamos meter as mãos na massa. Engano-me sempre e faço uma receita que nunca mais acaba e começo logo a enjoar. Ela, feliz, com o rolo das plasticinas a esticar a massa e a pedir mais farinha, para não agarrar. Depois as forminhas na massa. O ar de felicidade. Eu vou colocando nos tabuleiros forrados a papel de alumínio, para não sujar, as bolachas e pincelo com gema de ovo. O tabuleiro vai ao fono e já estou a tratar do 2º. Tanta massa e 4 tabuleiros de bolachas.... provo 1 ou 2 e já não posso ver as bolachas à frente. A miúda comia um fartote delas se eu deixasse.

Pronto. Está feito. Ela feliz e eu a lavar as forminhas que não acabam mais, a taça da massa, os rolos.

Uma lata cheia de bolachas. Pede para levar para o colégio. Eu digo que sim, que é uma boa ideia partilhar como os colegas. Tão querida a minha filha.

No dia a seguir estou outra vez a fazer o raio das bolachas porque a lata ficou vazia e ela implora em alto som que lhe comeram as bolachas todas e eu já nem a posso ouvir.

Mas aprendeu depressa. Na semana passada repetimos a proeza e depois da lata cheia pergunto se quer levar para o colégio. Responde que não, que as bolachas estão tão boas que é melhor ficarem para ela e o irmão. Depois para a semana voltamos a fazer, não é mãe???

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Filho

O meu filho adora futebol. Joga em casa. Joga no colégio. E agora joga no clube perto de casa.

Treinos 3 vezes por semana com chegada a casa pelas 21 horas. A irmã a esta hora já dorme. Depois do jantar ainda tem de estudar um pouco, porque se as notas baixam diz ele, e o pai também, adeus ao desporto.

Falei ao pai que encontrei uma publicação com provas de aferição do 4º ano e como o rapaz este ano vai faze-las, isto se não houver alterações no ministério, o pai foi à net e sacou algumas.

Pusemos o miúdo a fazer a prova de português. Fez tudo muito bem, falhando apenas uma ou duas coisitas. Mas esta tenho de registar porque depois de ler aquilo fiquei a pensar se tenho um mandrião que vai dar que fazer ou antes pelo contrário, um rapaz com queda para a escrita cómica.

Uma das perguntas referia-se à imagem e diálogos que surgia no topo da página, onde mostrava 3 ou 4 miúdos, penso que estrangeiros, a falarem da escola deles, como gostavam de lá andar e o que faziam. O que era pedido era saber com qual menino é que se identificava mais e fundamentar a escolha. A resposta do meu filho:

"Não me identifico com nenhum dos meninos do texto apresentado.
Porque eles gostam de ir às aulas e eu não."

Fiquei meia apática, sem saber muito bem o que dizer. O miudo respondeu. E fundamentou. Mas assustou-me e muito.

Ontem teve ficha de português e hoje teve de estudo do meio. Esta semana é de avaliação. Aguardarei calmamente as notas. E depois tomarei, ou não, medidas.

Rio? Choro?
Da maneira que estou acho que vou é beber um chá muito quente para aquecer.

Frio

Isto está muito lento. Ando sem vontade para nada!

Então agora que voltou a hora de Inverno ainda pior. Muito deprimente. Muito frio. Muito cansaço.

Fui ao médico porque estava doente e queixei-me que ando cansada e sempre com muito, muito frio. Saí de lá com sorrisos rasgados do médico a dar-me os parabéns porque emagreci 6 kilos e com uma fantástica tensão arterial de 10/6.

E é essa a causa do meu frio. Estou com um peso perfeitamente normal, IMC de 22, e penso que se estivesse magra, estava transformada num cubo de gelo. Só pode.

quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Porque aboliram a sesta...

Pois claro! a miúda sem sesta não aguenta. Ontem cheguei já tarde, devido a uma consulta e encontro-a deitada no sofá num sono profundo. O pai disse-me que eram 19.30 quando foi para o sofá e pelos vistos foi vencida nesse instante pelo sono.

Nem pestanejou quando lhe vesti o pijama e a deitei na cama. Nada. Não jantou e nao acordou de noite. Acordei-a eu às 7 com o leite. Tadinha.

Que a salinha dos 5 anos não durma, concordo. Há que prepara-los para as aulas da primária. Agora os 4 anos não! Muito pequenos para ficarem sem repouso um dia inteiro!

Tadinha da minha filhota.

Espero que hoje não faça fitas quando no final do dia for à consulta de rotina no pediatra. Espero mesmo!

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Este blog....

Ao ler estes posts resumo este blog a 2 etapas na minha vida: SF e CF (sem filhos e com filhos) e quase me esqueço do que era e o que fazia na era SF.

Vou pensar bem nisto e vamos ver se me ocorre alguma nota digna de registo!

Regressa em força o relógio

Apesar de já estarem no colégio desde o início do mês, hoje é o último dia de pura brincadeira na escola.

Na 2ª feira, já de uniforme, começarão o ano lectivo. E volta tudo à rotina. O acordar tem de ser mais cedo e está fora de questão haver um minuto de atraso, porque a saída é sempre no limite.

Começo novamente a visitar a padaria pelas 7.20, onde não abdico da refeição que melhor me sabe, meia de leite e um paozinho de mistura com muito pouca manteiga. Os meus filhotes levam muitos lanches para a escola e a melhor opção é mesmo o pão fresquinho. Se recorresse ao pão de forma depressa enjoavam, além de ter muitas calorias. Assim escolho sempre pães diferentes, de leite, saloio, mistura, centeio, regueifa. Claro que num dia ou outro marcha um croissant ou fogaça.

Eis-me de volta a casa. Preparo o biberão para ela, subo escada, abro persiana, repenico-a de beijos, recebo sorrisos e entrego-lhe o biberão. Ainda lhe ligo a televisão para ver os desenhos animados.

Vou ao quarto do primogénito, abro persiana, dou-lhe beijos e o rapaz vira-se ferrado para o outro lado, puxando o lençol até às orelhas.

Desço e meto-me na cozinha onde me esperam as lancheiras vazias, uma azul, outra vermelha. Abro os pães, coloco manteiga ou fiambre, às vezes mortadela. Queijo no pão não comem. Embrulho um a um no papel prata, às vezes ainda levam umas bolachinhas do noddy, ou do ruca, ou até as de canela numa caixinha. Têm levado, por vezes, fruta. Depois para ela o iogurte liquido e um sólido, de qualquer sabor, porque a rapariga não é esquesita. Para ele 2 pacotinhos de leite, sempre simples. Às vezes um sumo ou ice-tea.

Depois de jorrado o leite na taça e aquecido no microondas, torno à escada, com a dita taça, a colher, guardanapo e o pacote de cereais para o rapaz.

A pequena já encostou o biberão, o rapaz continua ferrado. O pai demora eternidades a findar o duche, curtindo, com toda a certeza, as gotas de água expelidas pelo chuveiro.

Chamo o miúdo. Uma, duas, três vezes. Desisto. Vou lá abaná-lo. Mal reaje. Começo a passar-me. Quase sempre levanta-se ao som não da minha voz, mas do meu berro. E mal disposto.

Torno à miúda, visto-a eu que é mais rápido. Penteio-a enqunto ela já sentada na mármore do lavatório escova os dentes. Está pronta ela. E de totós, ganchos ou fita.

Ele depois do berro, levantou-se. Viu-me desaparecer, tornou-se a deitar! Vou lá e ele salta da cama. É quase sempre assim. Come os cereais, veste-se, vai para a casa de banho. Depois coloco-lhes na roupa um pouco de água de colónia. Vestem casaco e entram no carro.

O pai vai levá-los. Abandonam a casa pelas 8.10. As aulas começam às 8.30 em ponto.

É já na 2ª feira que este filme volta ao palco das nossas vidas.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Sono

Os meus filhos são dos poucos a ficarem no colégio até ao último dia do encerramento e no 1º dia em que o dito colégio abre as portas a marcarem presença.

É a vida. Nós trabalhamos. E tem mesmo de ser assim.

A avó apesar de se oferecer para ficar com eles até ínicio do ano lectivo, que este ano é no dia 15, eles acabam por ir. Porque não é justo para a avó que gosta do seu tempo. E porque eles gostam do colégio e revêem os coleguinhas, ainda que em número muito reduzido.

Vão cedo e regressam pelas 18 horas. Logo no 1º dia, para a pequena enviei o saco dos lençois e cobertor, tudo lavadinho, cheiroso e engomado. Um mimo. Aceitaram a miúda, mas sem o saco. Dizem que este ano já não dorme. Só os pequeninos.

Nestes quatro dias constatamos o que irá acontecer ao longo deste ano. Uma miúda birrenta ao fim do dia. Nem sempre fácil para jantar.

O jantar terá de ser sempre feito cedo. Sopa é a primeira coisa a fazer. Um banho na miúda, que a desperta um pouco e enfiar-lhe logo goela abaixo, um prato de sopa carregadinho de legumes e a fruta. Se não comer mais nada paciência.

Vai começar com natação 2 vezes por semana. Espero que não adormeça no carro, mas perante esta semana, não sei não.

Fico com tão pouco tempo para ela.

Em compensação estarei mais disponível para ele. Bom para mim. Para ele talvez não. Ainda não me esqueci das uvas doces.

Metereologia

Em Junho ouço na rádio que este Verão iría apresentar-se quente e seco. Pensei logo nesta maravilha. Mais claridade, mais disposição para tudo, mais vezes miúdos ao ar livre, passeios depois do jantar e roupa seca num instantinho:p

Eu aprendi na escola que Verão era o Junho, Julho, Agosto e uma grande parte de Setembro. As aulas terminavam em fins de Junho e depois eram 3 meses de pura brincadeira. E havia sempre sol. E estavamos bronzeados durante muito tempo. E todos os dias brincavamos na rua. E sempre que queríamos havia praia.

Coitadinhas das criancinhas de hoje. Não sabem o que é isso do Verão ter 3 meses e pico. Hoje saímos todos de casaco de capuz porque a chuva ameaçou e cumpriu. O céu parece revelar a noite e as árvores embora verdes e com folha, abanam com tamanha fúria que com séria probabilidade, correm o risco de ficarem despidas.

No carro comentava isto e a explicação foi simples: sim, sim foi um Verão quente e seco. Foi o Julho.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

As férias também fazem mal....

Muita brincadeira, muito descanso, muito papo para o ar e muito esquecimento da matéria escolar!

Durante o jantar, já na sobremesa, deliciei-me com umas uvas, pretas e doces. O meu filho, que é um esquesito à mesa, quase sempre escolhe a mesma fruta: maçã ou maracujá. Tentei a custo que comesse uvas, mas em vão. Mesmo referindo-me ao sabor delicioso que tinham, além de fresquinhas. Não consegui. Não o demovi no gosto de ter na sua frente metades de maracujá aos quais, com uma pequena colher, ía tirando a colorida polpa.

Tanto falei na doçura das uvas que lembrei-me de perguntar-lhe qual era o grau superlativo absoluto sintético da palavra doce. Se até aqui os maracujás eram avidamente ingeridos, depois da simples questão pareceu-me que o dito fruto não lhe estava a cair tão bem, aquela metade de maracujá demorava a findar....

Então, pergunto novamente, qual é o grau?? o meu filho não podendo escapar responde-me cheio de convicção: muito docinho!!!

Fiquei danada, claro. Acabou os maracujás e foi para o quarto fazer fichas. Porque as aulas estão à porta. E porque as uvas do jantar eram dulcíssimas.

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Jogos Olímpicos

Parabéns à Vanessa pela corrida, pela sua luta e principlamente pelas suas declarações.

Há azares é certo. Mas tantos assim?? Como podem tantos olímpicos portugueses estarem tão confiantes e afirmarem estar no seu melhor e depois ser uma desgraça tão grande? De manhã é bom é para estar na caminha???? como é possível falar baboseiras destas???

Olhem para a Vanessa, de 20 anos, e sigam-na. Ela ensina o que é alta competição. E postura.

segunda-feira, 18 de agosto de 2008

Viagens vs Stress

Tempo a mais nesta pausa de blog, mas cá estou eu chegada de férias e pronta para mais pedacinhos da minha prole.

Estivemos de férias nas duas últimas semanas. A primeira por casa e na segunda rumamos ao sul de Espanha. Foi bom. Muito bom mesmo. E trouxemos uma pele bronzeada. Quer dizer, pai e filhos a fugir para o preto, mãe mais clarinha, bastante mais, mas dá para ver que abandonou, ainda que por pouco tempo, a palidez que carrega durante todo o ano.

Como já aqui referenciei, num post anterior, as férias com miúdos são cansativas mas muito boas. Eles felizes e nós também. Mas há sempre um mas e no nosso caso há muitos mas e um deles é o horror das nossas viagens. Seja de avião, de carro, ou até a pé só há sossego quando os dois adormecem! até aí é o caos total. Acreditem que nestes textos não encontrarão hipérbole alguma.

Senão vejamos:

Em 2005 decidimos ir para uma localidade de Espanha, longe como o raio, porque o meu querido marido gosta de marcar as férias em cima da hora e nem sempre é fácil encontrar as férias ideais - diga-se local/preço e por isso tivemos de fazer mais de 1000 kms de carro!

E quando se fala de carro de que mais se falará na nossa família??? de más disposições durante a marcha, claro está! De criancinha até agora melhorei imenso pois sofria muito, bastava uma curva e já me custava continuar. E como se herdam principalmente as coisinhas dispensáveis, as minhas crias o que herdaram??? as enjoadelas, pois claro!

Atentos ao que nos esperava decidimos partir após o jantar já que os miúdos adormeciam e com sorte acordavam apenas no destino. Carro carregado, miúdos alimentados e presos nas cadeiras, sacolas com lanches, não vão eles acordar com fome ou sede, e lá vamos. Toda a noite foi de viagem, cansativa, eu ainda dormitei (apesar do meu marido insistir em dizer que dormi... enfim) e muita sorte tivemos pois os miúdos acordaram quase no destino.
Estas férias começaram com um marido irreconhecível. Ficou com febre, cansado, abatido, mas coitado ía a todo o lado, senão ouvia filhos e maezinha. Esteve tão mal que quando cá chegou teve direito a estadia no hospital sem saberem o que seria e a pensarem o pior. Mas afinal o forte cá da casa provavelmente terá sido tocado por um virus transmitido pela cria mais nova, de 15 meses (ainda me estou a rir)!

No último dia o quarto do hotel tem de ser deixado cedo, o que implica de nossa parte a viagem durante o dia. Lá estavamos confinados a uma viagem num carro sem ar condicionado, em pleno mês de Agosto, com cerca de 400 kms de costa espanhola, seguida de entrada pelo Algarve, travessia do Alentejo mesmo a meio da tarde e sempre a subir.

O que se passou nesta viagem foi um autêntico filme de terror. O pai, coitado, com febre, fraco, dores de cabeça fortes. O miúdo porque ao fim de 30 km já estava muito enjoado, a miúda que só ainda balbucinava dava gritinhos e mais gritinhos, porque tinha sede ou calor ou lá o que seria. A mãe completamente stressada e sempre a dizer, ou melhor, a berrar, para se calarem. Claro que o calor só ajudava os disparates dos miúdos. Abre janela, um barulho ensurdecedor, fecha janela um calor doido, e vira o disco e toca o mesmo. Masca uma pastilha para desenjoar, lá implorava eu. Bebe água, continuava. Come uma bolachinha. Pai queres um be-nu-ron? E as músicas que cantávamos?? indescritiveissss! pareciamos dois loucos a cantar para 2 miniaturas que nos venciam kilómetro após kilómetro.

Depois desta viagem juramos a pés juntos que nunca mais viagens assim e que o avião era o ideal.

Dezembro de 2006 resolvemos ir, juntamente com mais 2 casais amigos, a Paris, aproveitando um fim de semana prolongado. Bilhetes comprados numa low cost, hotel marcado e aí fomos nós.

Tudo muito lindo, todos muito contentes e sorrisinhos para aqui e para ali, a apontarmos para os aviões estacionados na pista e qual será o nosso? e se for aquele? que bom que vai ser, e olha aquele a levantar, olha vês que giro! O tempo vai passando e somos chamados para embarcar. Cuidado com os miúdos, levem as mochilas, os casacos? está tudo?? pronto, aí vamos nós. Os sorrisos continuavam, os miúdos graúdos contentes, as mais pequenas um pouco desconfiadas e então a minha ainda mais. Sacos e mochilas acondicionados nos compartimentos devidos, casacos despidos e agora toca a colocar o cinto. Eis quando o meu rosto, até aí também ele a mostrar sorrisinhos, se começa a modificar lentamente acabando num daqueles que nem se sabe o que mostra.... se nervos, raiva, tristeza... mas não. Ele mostrava mesmo era desespero. A miúda implicou que não queria o cinto de segurança. E nada a fazer. Não quero, afirmava ela com uma das características que a vincam demais. A miúda é uma querida, às vezes claro, mas determinada e decidida sempre. Portanto eu estava feita. A minha cabeça já andava à roda, o pai nada fazia, o mais velho tadinho, ainda nos primeiros minutos tentava mostrar as maravilhas de um cinto, preto e gasto, mas a miúda além de manter a dela deu-lhe para gritar! Vergonha, desespero, raiva.... eu já bufava, as minhas amigas tentavam também elas encontrar beleza ou uma historieta qualquer no dito cinto e nada.

A hospedeira, corrigindo, assistente de bordo, chegando perto de nós e com aquele sorriso rasgado, com toda a certeza, obrigado pelo uniforme que ostenta, pede num frances aportuguesado, reparem, eu disse pede, à miúda para colocar o cinto! Pediu aí umas 3 vezes e desistiu. Quem vem a seguir? o comissário de bordo. Todo catita, com o sorriso nº2158, próprio para miúdos ranhosos que não querem colocar o cinto e diz que ela tem de coloca-lo porque o avião assim não pode levantar. E até exemplifica, sempre de sorriso, como se faz. A miúda desata aos berros. A mim só me ocorria tentar abrir a janelinha e pirar-me dali com a miúda e depois deixá-la sózinha, tais eram os meus nervos. Depois queria o pai, depois já queria a mãe, mas depois via dos meus olhos saírem faíscas e queria novamente o pai. Acabou ao meu lado, de cinto posto à força e foi a viagem praticamente toda a soluçar.

Páscoa deste ano, o pai da casa quer conhecer os Açores. Escolhidas 3 ilhas e lá vamos nós. A viagem aérea correu bem, graças a bonecos, livros e psp e nintendo. Vá lá. Alugamos carro e percorremos os locais. Tudo muito verde, muitos campos, muito oceano, e vacas que não acabam mais. Portanto para entreter os miúdos era leva-los aos muitos parques infantis e vê-los felizes, ou po-los a ver vaquinhas! Ah e uma vez levamo-los a ver sair fumo de debaixo da terra.

Do Faial, ilha que gostei bastante, deparamo-nos com o Pico, bastante perto e com ligação diária, via marítima. O pai, entusiasmado, lá decide comprar os bilhetes para a travessia. Eu sem entusiasmo algum já pensando que um barco oscila. Mal entramos fiquei com a certeza que aquilo ia enjoar os miúdos e aqui a mãe. O barco, de porte médio, vinha munido de saquinhos plásticos, que eu avistei logo e tratei de pegar em 2 ou 3. Começa a viagem que demora cerca de 20 a 30 minutos e se no início é muito engraçado olhar pelas janelas redondas, depressa deixa de o ser. Ver a oscilação e o mar sempre a subir e descer é do pior que pode haver. A cria pequena começa com dores de barriga e começo a esfregar-lhe a dita em movimentos circulares. Começa a choramingar que quer o pai. Já no colo do pai, 2 bancos à frente do meu, começo a fazer gestos ao pai para a ir despindo, não vá a rapariga vomitar a linda roupa e andarmos o dia inteiro com uma miúda mal cheirosa. Tirados casaco e camisola e ela cada vez pior, tentando controlar o enjoo que já a mim e ao mais velho começava a incomodar também. Chegamos e nada de vomitado. Nada mau. O regresso correu melhor, o miúdo entreteve-se com desenhos animados e a miúda adormeceu, graças às minhas preces e também às minhas continuadas festinhas nos olhos da rapariga que a obrigavam a cerrar-los até cair no sono. Eu nem enjoei de tão feliz que estava pelo interesse dele e o sono dela.

Este Verão, mais uma vez Sul de Espanha, mais perto, mas muitos kilómetros para eles, claro. Deitaram-se tarde e acordamo-los muito cedo pois assim adormeceriam na viagem. Aconteceu isso, mas não no percurso todo. Sempre a perguntarem quanto tempo falta, e quanto demoraria ainda. E nunca mais e já não aguento. Mas lá se passou e sobrevivemos bastante bem. Verdade.

Regresso, a meio da manhã, e lá começa a cantilena do costume. São os não posso mais, são os enjoos, são os gritos constantes de um e outro que se pegam como cão e gato, é o balão gigante que ela insistiu em trazer e que raspa na perna dele e ele não gosta e começa aos berros, são os olhares de gozo dele que a incomodam a ela, são os calores que os miúdos trazem sempre com eles e pedem mais pauzinhos de ar condicionado, que eu após 1 minuto vou apagando, e que eles reparam de seguida e lá vem a história do calor que não se aguenta. É ouvir um arranque da miúda e vê-la vomitada. Parar, trocar camisola, limpar braços, limpar cadeira. São as nossas vozes baixas que vão ganhando volume contrariamente à nossa paciência. É o desespero que nos consome. É o desejo de vermos a nossa rua. A alegria de vermos o portão a abrir. A felicidade de ouvir o motor do carro silenciar.

Venham mais férias. Que agora só nos falta o comboio.

segunda-feira, 21 de julho de 2008

Mais aventuras no País Irmão





Já que os amigos pedem, cá vai mais um episódio digno de registo das férias brasileiras.

Ficamos as duas semanas no mesmo hotel. Era um bom hotel, sem luxos mas simpático, com boa alimentação e era o único que ficava na zona histórica. Além disso tinha uma vista fantástica. Como desvantagem ficava um pouco longe das praias que gostamos e ainda andavamos um bom pedaço para, religiosamente todas as noites, estarmos a tomar caipirinhas na Passarela do Alcool, uma avenida que abre as portas ao fim do dia e fica noite dentro a receber os turistas. São os bares com as caipirinhas e as capetas, os restaurantes, os vendedores, as lojas de souvenires,e gentes de um lado para outro sempre embalada pela música brasileira que não deixa de se ouvir.

Contornamos bem a questão das praias pois decidimos pelos programas com os guias o que tornou estas 2 semanas excelentes pois não só faziamos todos os dias praia, como visitavamos sítios históricos e locais lindos.

Então nós com o filhote e mais os 2 casais andavamos sempre juntos nestas aventuras.

As praias grandes, permitiam-nos escolher o local sem o bulício daqui, as pessoas não estão umas em cima das outras e o mar chamava-nos sempre com temperaturas amenas. Assim que chegavamos à praia e nos instalávamos nas espreguiçadeiras protegidas por sombrinhas de palha, apareciam a pouco e pouco os vendedores. Se aqui em Portugal fugimos deles, lá isso não acontecia. Simpáticos e afáveis, mostravam o que tinham para vender, explicavam como produziam as peças, e se dissessemos que não tinhamos interesse na sua compra, continuam sorridentes e a conversa não acabava abruptamente.

Apareciam vendedores de tudo o que se possa imaginar, eram as trancinhas no cabelo e as terérés, os bikinis, os vestidos de praia e as t-shirts, as bugigangas lindas feitas com côco, peças trabalhadas com folhas de coqueiro e palmeira, as tatuagens temporárias, os passeios a cavalo junto ao mar e claro, a comida. As empadas, o camarão frito, e o cajú.

Nos primeiros dias de praia reparamos no entusiasmo da M. sempre que via o vendedor de cajú. E achavamos graça a todos os dias chamá-lo e comprar sempre 2 ou 3 medidas (um copo pequeno) deste aperitivo. Mas mais piada achamos quando ela nos dizia que estava a comprar para levar pois aqui no Brasil é muito mais barato e o filho dela adora.

Pois bem, história contada e todos os dias avisada pelo meu filho assim que na praia vislumbrasse o vendedor.

Num belo dia e já instalados na praia de papo para o ar, onde eles já comentavam que mais uma vez podíamos almoçar no restaurante da praia, onde serviam um belo rodízio de carne, e pagavamos com tudo incluído 5 euros, eis que se avista, mais uma vez, o homem do cajú. Desta vez era um rapaz loiro, entroncado, de calçoes e tshirt cavada que trazia ao ombro o saco plástico de 10 kilos onde saltava à vista a iguaria salgada.

Mais uma vez a M. de enorme sorriso e de porta moedas na mão acenava ao homem e ele já na nossa direcção acelerava o passo. Quando a M. está a pedir as doses habituais, eis que algum de nós, já nem me lembra quem, pergunta por quanto ele venderia o saco. Risada geral. Mas depois já todos estavamos interessados em saber o valor. O rapaz ainda atordoado nem sabia dizer o preço. Ao fim de alguns minutos e contas feitas lá atirou o valor. Acordamos assim comprar o saco de 10 kilos!!!

Ao fim do dia o rapaz, de banho tomado e todo aperaltado, chegou à recepção do hotel perante o olhar estupefacto de quem lá estava, pedindo depois para ligar ao quarto x pois iria entregar cajú! Transacção efectuada e lá estavam o J. e a M. a dividir o saco em 3.

O rapaz disse que ao vender aquele saco fez o trabalho de uma semana e como eles próprios referem o baiano não gosta de trabalhar. O baiano trabalha um dia e descansa dois.... por isso imagimem o contentamento do rapaz!

Durante dias sempre que avistavamos um vendedor de caju era risota na certa. Aliás, ainda hoje nos rimos com a situação.

quarta-feira, 16 de julho de 2008

Muito stress no avião

Uns anos atrás e ainda sem férias decididas, arriscamos uma promoção de última hora - pague 1 fique 2 semanas! Confesso que até àquela altura o Brasil era um destino muito pouco apelativo para mim, talvez pelo facto de a praia não me seduzir muito, de ouvir falar tanto nos problemas sociais do país e de as infra estruturas não serem das melhores.

Mas o preço era bom, já tinhamos um filho que precisava, com moderação claro, de uma dose vitamina D para crescer com ossos fortes, e assim arriscamos a tentar juntar o lazer, o descanso e a praia.

Tudo acertado e caio na real.... eu devia estar louca por concordar com uma viagem de 10 horas de voo! Eu que detesto viajar de avião. Eu que levo um miúdo de 3 anos que anda sempre aos saltos e sem botão off....Bem agora nada a fazer, a viagem já foi paga e há que rezar a todos os santinhos, para que tudo corra pelo melhor.

No aeroporto da Portela conhecemos (eu, porque o meu marido já conhecia minimanente) o 1º casal que viria a ser companheiro de aventuras.

O avião ia, claro, lotado, mas durante as primeiras 3 horas o meu rico filho poderia ser rotulado de menino-anjinho. Munida de livros de pintar, de lápis, de folhas para desenhos e de livros de histórias consegui controla-lo bem. Eis quando um miúdo loirinho, gorducho de uns 9 anos, sentado na cadeira da frente se lembra de, com um enorme e assustadiço sorriso, perguntar ao meu filho se ele nao quereria brincar!

Só vos digo que o horror tinha começado. O miúdo grande não se calava, o miúdo grande pulava, pedia sumos a toda a hora, falava alto e claro desencaminhou o meu rebento de 3 anos a fazer tudo isto.

Só ouvia o meu filho a pedir às hospedeiras guaraná, bebida que até aquele dia nunca provara, saltitavam de um corredor para outro numa fracção de segundos, percorriam o avião todo, esbarravam nas pessoas, entravam vezes sem fim na casa de banho, e eu sempre a ver quando lá ficaria trancado. Eu bem o chamava, ameaçava, atirava beijos e sorrisinhos, mostrava os livros e os lápis, mas qual quê... ele só queria o gorducho que tinha um nome italiano e não sei a que propósito mas o meu filho jurava que ele se chamava Gil Vicente. E assim ficou baptizado as férias todas.

As conversas entre eles, ainda no avião, levavam-me ao desespero; apesar de terem conseguido fazer-me esquecer que sobrevoavamos o Atlântico e preocupar-me antes em domar o pestinha, eram do outro mundo. Depois de umas duas horas de asneiras atrás de asneiras o Gil Vicente dá numa de inquiridor, sendo o meu filho o inquirido. Ouviam-se perguntas destas: quantas semanas vais de férias? e o meu filho respondia - não sei! vou perguntar à minha mãe...e toca de correr a questionar-me.... lá lhe disse 2 e diz o gorducho ah eu fico uma. Ai que alegria quando ouvi isto! Quase dáva pulinhos na cadeira! segue-se a 2ª pergunta - para que local da bahia vais? sais na 1ª paragem do avião ou na 2ª? e repete-se o cenário com o meu filho sempre a correr até mim....digo-lhe que na 1ª e ouço o miúdo: eu também! aqui só pensava que seria muito azar ficarmos no mesmo hotel! segue-se a 3ª pergunta - e em que hotel ficas? lá vem o meu filho perguntar-me, sem se aperceber que os meus olhos já quase fumegavam, lá respondi e ouço o puto ah que bom...vamos estar no mesmo hotel!!!! aiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii ía tendo uma síncope quando ouvi isto seguido de ainda: olha afinal também fico 2 semanas!!!!! que bommmmmmmmmmmm que vai ser...

Nesta altura e já de rastos, não sabia se me havia de rir, de chorar, de tentar abrir a portinhola e mandar o miúdo grande de volta ou pedir para o enfiarem no porão. Enfim....

Passaram-se as 10 horas de voo e como a diferença horária era de 4 horas o meu filho estava exauto e valeu-nos a sua terna idade para passarmos à frente da maioria dos passageiros.

Quando achava que estava tudo a recompor-se, a minha mala não aparece. Respiro fundo. Volta a inspirar e nada.... eles coitados tão simpáticos não dão ordem ao avião para levantar e vai um funcionário ao porão procurar a minha bagagem. Mas vem de lá de mãos a abanar e eu quase expludo. Que nervos! Lá vejo o avião levantar. Quando perguntamos o que procurou o funcionário respondeu que por destino e não pelo meu nome!!!! claro que a mala estava lá e chegou-se a essa conclusão rapidamente. Enganaram-se foi a colocar o destino. Mas deram garantia que no dia seguinte, pelo final do dia, a mala seria entregue no hotel.

Chegados ao hotel e com o meu filho já a dormir, deitei-me também, sem esquecer claro a mala, e sempre com o gorducho no pensamento,enquanto o meu marido iria conhecer os guias que nos acompanharíamos nos passeios que venderiam, caso gostassemos.

No dia a seguir andamos a dar um passeio com os fantásticos guias e com o 1º casal que sempre nos acompanhou nas férias.

No final do dia aguardo na recepção do hotel a minha mala que prometeram entregar. Enquanto não chega, conheço outro casal, que viria a ser o 2º casal com quem passaríamos excelentes momentos e que também eles aguardavam a mala deles perdida.

Chegou o taxi e vejo a minha malinha. Ai que felicidade. As minhas coisas, os meus cremes, as minhas roupas. Quanto ao outro casal ainda penou mais 2 dias sem mala!

Nos próximos posts contarei mais sobre estas fantásticas e hilariantes férias.

quinta-feira, 10 de julho de 2008

As Férias

Mais um ano lectivo prestes a findar e já cheira a férias.

As férias são boas. O relógio fica encostado. As refeições deixam de ser obrigatórias às horas de sempre. Descansamos, relaxamos, brincamos com os miúdos, lemos muitos livros e convivemos com os amigos da maneira mais despreocupada.

Também é verdade que às férias com filhos deviam seguir-se as férias sem filhos. Os miúdos cansam e muito. Querem festa a toda a hora. São os banhos de mar onde ano após ano, não sei se pelos anos começarem a pesar, se por fenómenos naturais, a água enrregelada, torna a vigilância numa tarefa herculeana. São os jogos de bola que nos obrigam a largar a sombrinha e o conforto do sofá e sob um sol intenso andar a correr a tentar acertar na dita. São os apetites repentinos de gelados, sumos e bolachas que eles pedincham a toda a hora. São as brigas porque, como por magia, todos querem o mesmo jogo ou porque há sempre mais do que um que não sabe perder.

Claro que estes epiosódios diários, mesmo nas férias endoidecem-me e não me tiram o cansaço acumulado de um ano, mas é de sorriso que anseio o começo das minhas férias.

Há já algum tempo que descobrimos uma forma mais agradável e menos stressante de passar estes períodos que louvamos e principalmente deixar os miúdos imensamente felizes: passar as férias, ou parte delas com os amigos. Amigos, também eles com descendência. Ma-ra-vi-lha! Agora sim, começamos a bater recordes de permanência no dolce fare niente.
Os laços com estes amigos tornam-se ano após ano mais fortes e as crianças vão conhecendo verdadeiramente a amizade. Ganham amigos que só nestas ocasiões reencontram, fortalecem as ligações com os outros e partilha-se tudo. A casa, as refeições, as conversas, as brincadeiras e os passeios. Na hora, sempre tardia, de irem dormir nunca há vontade e querem antes, elaborar planos para o dia que aí vem.

Para nós adultos, há também que definir o novo dia que parece estar já a romper e para eles, pais, não podem faltar as visitas às capelinhas que os guias gastronómicos recomendam. Há que experimentar o peixe grelhado daqui, a caldeirada dacolá, sem esquecer, pedimos nós mães, o choco frito que devoramos.

Os dias vão passando, todos diferentes, mas todos eles recheados de risos, de brincadeiras, de disponibilidades e de cumplicidade.


As férias são muito boas. Os amigos ainda mais.

terça-feira, 8 de julho de 2008

Fobias.... quem não as tem

Com os dias longos nem sempre há vontade de ir a correr para casa, onde me esperam tarefas que não gosto.

Hoje, foi um desses dias e por isso quando lá cheguei larguei os sacos das compras para um dos lados da minha cozinha quadrada, os legumes saltaram rapidamente para a panela, o peixe para uma outra e a calda do arroz de tomate para outra ainda.

Há que dar banho à miúda que já gosta de se esfregar com a sua mini-esponja-verde e deitar carradas de champoo por ela abaixo, controlar a temperatura e quantidade da água, não a deixar levantar sem ajuda, porque ainda parte uma perna, e depois de pijama vestido e cabelo desembaraçado, graças ao spray cor de rosa, dar-lhe beijos sem fim naqueles braços e pernas cheirosos, enquanto ouço daquela boquinha como correu o dia no colégio.

O mais velho, que adora a bola e acha que se calhar ainda vai ser jogador de futebol, começou num clubeco daqui da zona a dar uns toques e havendo balneários o banho é lá tomado. Espero que se lave bem e não esqueça as orelhas.

Enquanto aguardamos a chegada dos homens da casa, a miúda vai ajudar-me a apanhar a roupa do estendal e aqui começa a história: um passarinho pousado na relva.

Depois de eu ficar a olhar para o animal e a dizer que giro e que fofo, tadinho, será que tem uma pata partida, porque será que se mexe pouco, e talvez tenha fome... dou por mim a pensar e se ele tem uma doença? e se ainda me faz mal? mesmo minúsculo ainda me espeta o bico no tornozelo! até parece que sinto qualquer coisa estranha na minha garganta.... Eu gosto dos animais, mas ao longe. Fobia. De todos. É mais forte do que tudo, sobrepoe-se à razão. Não consigo tocar num animal, por mais querido ou indefeso que seja.

Bem, adiante, mesmo não mostrando à minha filha estes meus pensamentos e sempre a comentar que lindo, coitadinho, deve estar doentinho, a rapariga também não se chegava lá muito perto. Melhor assim, porque se fosse daquelas que fosse pegar no pássaro era ela com o bicho num lado e eu num outro aos saltinhos. Aguardemos o pai, disse eu; está bem responde ela.

Já andava eu à volta da roupa e chega aos meus ouvidos a vozinha da miúda - disseste que podia ter fome, não é? vamos buscar pão, está bem?? Ai a minha vida, lá vou eu ter de estar muito perto do passarinho. Bem vou buscar o pão...o pedaço que trouxe era maior que o animal, mas mesmo assim atirei-o em vez de delicadamente o pousar. Mas nem se aproximou para depenicar. A minha filha aguardava impacientemente a chegada do pai para lhe contar e também, arranjar umas mãos que agarrassem na ave e lhe dessem um abrigo.

Quando estou prestes a terminar de apanhar a roupa, outro passarinho a tentar voar! e mais perigoso, pois o raio do bicho dava saltinhos e voava um pouco. Era ele a saltitar de um lado e eu a esgueirar-me para outro lado.

Andamos as duas a controlar os pássaros. Resolveu-se tudo quando o avô chegou, apanhou os animais, e colocou-os onde se pensa que haja um ninho. Eles são tão pequeninos que ainda nem se alimentam sózinhos!

Para me redimir peguei no restante pão e andei feita tola e espalhar migalhas pelos arbustos.


Shame on me...

segunda-feira, 7 de julho de 2008

A praia do colégio

Os miúdos estão na praia e sinceramente apesar de ser muito bom para eles, para mim há mais trabalho.
São mais mochilas, porque há que levar a toalha e uma muda, é o lanche para a praia, e aqui não esquecer a garrafinha de água, o iogurte ou sumo, a sandes (feita com pão fresquinho que acabei de o comprar), isto tudo claro dentro do saco termico que por sua vez vai na mochila. Depois é o saco para a tarde, com mais um lanche, dentro de um saco plástico, que não tenho mais mochilas termicas, e já aquelas duas deram-me a semana passada, mais os tennis, porque de tarde, mãe, eu jogo futebol e esses é que são bons para chutar. E tudo marcado para não haver trocas, que acabam sempre por haver.

Ha! falta o protector, esse creme que quase dá direito a luta logo de manhã, porque ele, é sempre ele, não quer colocar, porque é uma seca, porque besunta, porque fica branco. Por norma o creme é aplicado ao som dos meus gritos, porque é preciso, porque o sol queima, e blá, blá.

Nela, o creme é colocado bem demais e por ela o tubo em 2 ou 3 dias acabava e lá ía eu investir para a farmácia.

Hoje na bancada da cozinha estava tudo, as mochilas da praia, os sacos para a tarde, os lençois dela, os agasalhos porque pode fazer frio na praia e .... espera lá onde está o chapeu dela? aquele azul escuro? onde o puseste? e subo escada, desço escada e olha levas este que o do colégio não aparece. Olha e já agora vamos amarrar esse cabelo porque pareces uma bruxinha.


Pedem-me para ir à janela dizer adeus, vou feita tola a subir os degraus 2 a 2, porque o pai, indiferente aos beijos e acenos da janela arranca quer eu já lá esteja, ou não, a fazer estas figurinhas, próprias das mães e ainda para mais de sorriso rasgado. São 8.15.


3 semanas de praia. TRÊS!!! e só tenho 2 filhos, ena, ena!!!

sexta-feira, 4 de julho de 2008

As estações e as minhas disposições

Estou deprimida com este tempo.
Nada justo para quem passou uma semana a acordar com o sol e temperaturas agradáveis e a aguardar um fim de semana como o da semana passada!

Choveu esta 6ª feira, ainda chove e preve-se uma manhã de sábado igual.

Parece-me que tudo cansa, tudo torna-se demasiado pesado para fazer e convenhamos que com criancinhas ficamos muito limitados e o fim de semana, em vez de nos livrar do stress ainda nos entranha mais este cansaço, levando-nos a pedir rapidamente o sol, o bom tempo, as saídas, ou o
nosso jardim, onde recebemos os amigos e estamos de papo para o ar sem fazer nadinha a não ser controlar o bando de índios que se delicia na piscina.

Hoje chegou a minha espreguiçadeira, onde espero relaxar, lendo um livro ou ouvindo uma musiquinha, e já agora agora tentar ganhar uma corzinha para não destoar muito de todos os outros humanos que por mim passam!

Hoje a minha espreguiçadeira chegou e chove. Na segunda volta à empresa branquela , desconsolada, e destoando de quase todos.

Não é justo.

Uma Semente - Luís Portugal

Uma música que sempre adoro ouvir

Um Homem na Cozinha

Há pouco tempo um amigo apostou que era capaz de fazer um pudim que ficaria para a história. Apavorada lá aceitei ir a sua casa degustar o doce e meus caros, aquilo era do mais intragável que havia. Os primeiros pedacinhos, bem pequenos para o sabor nao horrorizar a minha boca, lá desceram com algum sorriso nos lábios, mas depois já não aguentando tamanha catástrofe gastronómica, lá fui dizendo que aquilo era do pior que já havia provado.....

Coitado do chefe......ficou triste, o seu olhar de infelicidade era a prova de que quando não se sabe, não vale a pena enaltecer o que ainda iria ser feito! A modestia só lhe ficava bem. Poucos são os que acertam à 1ª receita. Há que tentar, tentar e só depois convidar os amigos.

Volvidas 2 ou 3 semanas eis que me vejo novamente em sua casa diante de um novo pudim.... aqui confesso que este manjar tinha uma aparência melhorzita que o 1º. Lá tive de provar e voilá estava fracote, pilhas de açucar, mas lá se comeu, sem contudo deixar de pedir a todos os santinhos que se deixe de armar em doceiro e tente sucesso numa outra coisa.

É verdade, este 2º pudim foi provado durante um jogo da nossa selecção, o que me leva a questionar se não terá sido o nervoso do momento que me fez achar que até estava razoável....

quinta-feira, 3 de julho de 2008

1ª Semente

E cá estou rendida ao mundo da blogosfera. Acabei de lançar a semente e espero poder vê-la desenvolver, florir e, quem sabe, colher o seu fruto.

Aos leitores que por aqui possam aparecer sejam bem vindos.